segunda-feira, 4 de março de 2013

OBL e as jirads pelo mundo

O OSCAR já passou, as premiações foram justas, menos a de diretor que deveria ter ido para Ben Affleck, ele, inclusive, deveria ter sido indicado, os cinemas não tiveram muitas estréias essa semana e, sim, A HORA MAIS ESCURA é bom.
Não conheço a fundo a história da caçada a Osama Bin Laden. Assim como grande parte das pessoas desse planeta lembro de onde estava no dia 11 de setembro de 2001. E, como alguns, acho que entrar em um país aliado, com uma missão secreta e matar um dos residentes não é exatamente a forma certa de agir.
Ou seja, o filme de Catherine Bigelow consegue mostrar como a obsessão, as jirads, as "guerras santas" existem dos dois lados: dos EUA e dos terroristas.
Porque, francamente, a personagem de Jessica Chastain é tão obcecada e focada em prender Osama Bin Laden, aka OBL, quanto os terroristas são em destruírem os EUA.
Obviamente, eu amei a personagem de Chastain. Chegou lá quietinha, calminha, ruivinha e acabou fazendo o trabalho. A coragem, determinação e força dela são admiráveis.
O que não é admirável, em nação nenhuma, é essa história de execução sumária dos inimigos. Ainda acho que Osama Bin Laden deveria ter sido levado à julgamento. 
E, sim, mais uma vez, Bigelow nos dá uma personagem que não tem um lar além da máquina de guerra dos Estados Unidos. 


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Apps de Beleza



Oi meninas!!!

Que maravilha que é a tecnologia né! Sou suspeita pra falar de tecnologia porque eu sou BEM viciada nisso! :)

Sempre surge uma dúvida de qual esmalte colocar, de qual corte de cabelo fazer, de que cor pintar o cabelo, e milhões de outras questões e nem sempre temos as nossas amigas disponíveis naquele momento…é aí que entra a tecnologia para nos salvar, \o/ com apps incríveis onde testamos tudo (tudo mesmo), aqui vai umas dicas para vocês se divertirem um pouco e claro ajudar nas escolhas!!!



1- O InStyle Hairstyle Try – Você pode fazer mudanças no penteado, realizando um upload de sua própria foto e conferir as modificações, que podem ser inspiradas no estilo, corte e cor de diversas celebridades.

2- O Nail Design – É ótimo para as que curtem nail art, neste aplicativo é mostrado o passo a passo de varias criações.

3- Mary Kay`s Mobile virtual Makeover – Você pode fazer a maquiagem que quiser na modelo, escolhendo as cores de sombra, base, batom e blush e também pode fazer o upload de sua própria foto.

4- O.P.I – Você pode experimentar todas as cores da marca em uma mão personalizada, escolher o formato da unha e até mesmo a cor de pele.

5- Redken Possui um lookbook incrível com milhares de inspirações para corte e cor. Ótimo para que está na dúvida de como mudar o visual.

6- O Love my skin permite marcar, acompanhar e monitorar qualquer anormalidade da sua pele para mantê-lo consciente do que está acontecendo com o seu corpo. Ajudando a prevenir contra o câncer de pele.



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Mais filmes

Está em cartaz uma das coisas mais surreais já feitas: ROMEU E JULIETA, versão zumbi. OK, ok, o nome do filme é MEU NAMORADO É UM ZUMBI e, poucas vezes, vi tantas metáforas tão óbvias em minha vida. Tem até a queda de um muro! 
Mas, sabem, o filme é divertido. Bobinho porém divertido e conta com uma das melhores trilhas sonoras já vistas em um filme. Tem até essa música, que tanto gosto:


Para terminar, tenho que falar de O VÔO. Todos aqueles que têm medo de avião vão querer entrar inconscientes em um depois de verem esse filme. Ou podemos sempre fazer um teste do bafômetro com o piloto. rsrs
Tentativa de piada infame à parte, todas a sequência envolvendo o acidente é brilhante. A decolagem me fez suar frio. E estava tudo indo muito bem, até os últimos 10 minutos. Que reviravolta estúpida, não condizente com os personagens ou com a trama! Deu vontade de pedir o dinheiro do ingresso de volta. Denzel Washington, ator brilhante e gato, deveria ter se envolvido no roteiro e impedido que estragassem o filme daquela maneira. Uma pena.


Opções para o Carnaval

Se você, assim como eu, não consegue enxergar a graça que supostamente existe no Carnaval tem algumas opções. Entre elas cito viajar para a Sibéria ou o Alaska, se enfiar em algum canto que não tenha TV, rádio, internet ou ir ao cinema e ver todos os indicados ao OSCAR que, finalmente, estão sendo lançados.
O LADO DO BOM DA VIDA me surpreendeu bastante. Claro que o final é um pouco apressado e como que esquece os problemas psicológicos e psiquiátricos dos personagens. Mas, sabem, isso é um detalhe. Assim como O MESTRE é sobre hipocrisia, esse filme é sobre esperança.
Obviamente, esta que vos escreve apaixonou-se por Bradley Cooper. E ficou mais apaixonada ainda depois de ver isso:


OS MISERÁVEIS é um de meus livros prediletos. Aliás, Victor Hugo é um dos meus autores prediletos. A história de Jean Valjean é uma das tramas mais emocionantes da história da literatura mundial. Quando eu soube do filme, através de um sms de uma amiga querida que adora Hugh Jaclman e Russell Crowe, fiquei empolgada. Mas achava que Crowe seria Jean e não Jackman. Ao ver o filme entendi o motivo da escolha: é muito fácil Javert torna-se um personagem odiado. Por isso a necessidade de um ator do calibre de Russell Crowe. Para mim, de todos os personagens do livro o mais trágico é mesmo Javert. (Assistam ao filme que vocês vão entender.)
E, sim, eu chorei um monte. Me emocionei tudo novamente. E a danadinha da Anne Hathaway vai ganhar um merecido OSCAR por causa disso:


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Ler é a maior diversão

Autores como Saramago, Gabriel García Márquez, Shakespeare, Tolkien, Tolstói, Victor Jugo, Jane Austen e Dostoiévski escrevem sobre as pessoas e seus sentimentos e reações. Claro que em seus livros somos apresentados a situações mas, no final, estas servem para mostrar quem são essas pessoas. No fundo, eles escrevem sobre quem nós somos.
Quando eu peguei o volume maravilhoso de OS DEMÔNIOS, da EDITORA 34 (que inclui nos apêndices o capítulo censurado na época do lançamento) não sabia o que esperar. Ao contrários dos outros grandes romances de Dostoiévski, esse é mais desconhecido. 
Pois bem, deparei-me com um livro que é um verdadeiro compêndio sobre o mundo em que vivemos. E mais! O meu querido autor russo conseguiu adiantar figuras como Hitler e Stálin, representados em Chigalióv e Piotr Stiepánovictch respectivamente.
Acho que o que fica, ao final da leitura, é de como as "patrulhas ideológicas" ainda existem e as formas como elas funcionam e pensam está descrita neste livro. E, claro, fiquei assustada. Um dia depois de ter sido bombardeada por toneladas de besteira ditas por Silas Malafaia no programa de Marília Grabriela e de ter assistido ao sensacional O MESTRE repito a enorme necessidade que temos em questionar. Questionemos os sistemas de crenças que conhecemos, que acreditamos, que vemos ao nosso lado. Questionemos e nos perguntemos: ele é bom? Quando eu falo de ser bom, falo em democracia, em liberdade, no DIREITO de cada um ser o que é, sem fazer mal a ninguém.
Ando muito temorosa com esse mundo nosso. Acho que cada vez mais a habilidade em pensar e em respeitar o próximo vem diminuindo. E os espertalhões usam Jesus, Deus, a Bíblia, o Socialismo e idéias variadas para criar uma "manada" e tudo isso por poder, por dinheiro.
Chigalióv, personagem de OS DEMÔNIOS, propõe que 9 décimos da humanidade seja transformado em manada, começando pelo rebaixamento do nível da educação. O outro décimo formaria a classe de líderes e trabalharia para o bem-estar da "manada", ao mantê-la ativa e produzindo. A cada 20 anos, mais ou menos, haveria confusão para a vida não ficar monótona. Sabem o que isso me lembra? Das idéias de Hitler, de Bush, de Chávez, de Silas Malafaia, de alguns membros do chamado Socialismo brasileiro, etc, etc, etc...
O tradutor do livro, o excepcional Paulo Bezerra, escreveu o seguinte no posfácio:

"(...)Enquanto a crítica fica na superfície do fenômeno e não percebe seus movimentos internos, procura reduzir a dimensão do caso Nietcháiev a um único episódio sem antecedentes nem consequentes, Dostoiévski o vê em seu contraditório movimento interior e mostra em Os demônios  como ideias grandiosas e generosas, uma vez manipuladas por indivíduos sem consistência cultural nem princípios éticos, podem se transformar na sua negação imediata, assim como a utopia da liberdade, da igualdade e da felicidade do homem pode degenerar na sua negação, no horror, na morte, na destruição. Ideias grandiosas não podem ser geridas por mentes pequenas que não fazem senão amesquinhá-las, por seres indigentes sem condição de compreender a essência profunda da natureza humana e prezar a liberdade do homem, por pessoas que fazem das ideias objeto de compra e venda, moeda de troca com farsantes, vendilhões de liberalismo ou gente que jamais teve qualquer apreço por elas. (...)
(...) É espantosa a atualidade de Os demônios. A despeito do avanço da democracia e do colapso do simulacro de socialismo no Leste europeu, sua leitura, hoje, dá a impressão de que não houve mudança profunda na essência das coisas e aqueles 'demônios' continuam soltos e agindo sob diferentes disfarces nos campos da direita e da esquerda, dos liberais e dos conservadores."

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ainda sobre cinema...

Vi  LINCOLN, de Steven Spielberg, e não achei nada demais. Não é ruim mas também não é bom. Daniel Day-Lewis está correto mas quem rouba mesmo a cena é Tommy Lee Jones. Como eu gosto dele! Que ator bom. Só isso. Ao menos desgostei menos do que achei que desgostaria.


Cinema

Reza a lenda que o filme O MESTRE, de Paul Thomas Anderson, é sobre a Cientologia ou o surgimento desta, como chamarei?, seita.
Bom, que as semelhanças são muitas, isso são. Assim como na vida real, a seita a Causa surge a partir das idéias de um autor de textos quase de ficção científica, temos a figura do líder forte, da impossibilidade de discussão do que ele diz, além da figura secundária das mulheres. Ou seja, bem parecido com o proposto pela "religião" de Tom Cruise...
E é aí que o roteiro é tão inteligente ao mostrar todas as contradições! O MESTRE narra a trajetória de um homem, interpretado pelo maravilhoso Phillip Seymour Hoffman, que acha que desenvolveu um sistema de crenças perfeito. Neste as mulheres parecem ter espaço apenas como procriadoras, vide a figura grávida da personagem de Amy Adams durante grande parte da projeção. Mas quando ela fala notamos quem realmente manda. E, ainda, a principal defensora da Causa é uma personagem feminina também.
A questão do controle é também bem interessante. O Mestre prega que devemos ser controlados e educados não importando o que escutamos. Ele elabora verdadeiros sistemas para tornar qualquer pessoa a mais calma mesmo em mares tempestuosas, só que ao receber críticas age de forma violenta e agressiva, impedindo que o outro fale.
Chegamos, então, ao personagem Freddie, interpretado por Joaquin Phoenix. 
(E, antes de continuar, devo falar como é bom ter Joaquin de volta, fazendo esses papéis de pessoas complexas como ninguém. Fiquei feliz em vê-lo porque é sempre um prazer ver um grande ator fazendo o que sabe de melhor. O papel dele é cheio de nuances e detalhes. Não consigo imaginar mais ninguém que pudesse fazer Freddie tão bem. Talvez o melhor papel da já sensacional carreira de Joaquin.)
Freddie é uma figura errante, que saiu da guerra com uma condição psicológica frágil e viciado em bebidas que ele mesmo fazia, usando coisas como o líquido que servia para revelar fotos. 
Por um acidente do destino, Freddie entra no navio do Mestre e é meio que adotado por ele. Este quer transformar aquele homem perdido e sem nexo em uma pessoa feliz e controlada. Quase como um teste para suas teorias.
Aliás, essa é a racionalização que o Mestre faz e a explicação que dá para todos os seguidores e família quando questionado do por quê de manter Freddie por perto mesmo quando o comportamento dele ameaça seu grupo de pensadores.
Mas a relação não é bem assim. Freddie é a personificação dos desejos do Mestre. Em alguns momentos é tratado como um seguidor da Causa, em outros como um animal de estimação mas, no final, ele é mesmo o amor do criador da Causa. Mesmo quando este diz que, em outra vida, eles serão inimigos mortais está verdadeiramente dizendo que deseja que sejam amantes.
E este, caros leitores e leitoras, é o verdadeiro tema do filme O MESTRE: a hipocrisia. Dizermos que somos o que não somos e, mesmo sabendo que não somos, querermos servir de exemplo para os outros.
Há ainda um outro tema do filme: o quanto somos capazes de pensar por conta própria. Mesmo ao concordarmos com um sistema de crenças devemos sim manter a nossa capacidade de análise e de distinguir o certo do errado. O Bem do Mal. Assim mesmo, com letra maiúscula. 
No final, o que fica d'O MESTRE é uma reflexão profunda sobre o mundo no qual vivemos e de como queremos viver nele. E esta é uma resposta que cada um de nós tem que encontrar.


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