quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ainda sobre cinema...

Vi  LINCOLN, de Steven Spielberg, e não achei nada demais. Não é ruim mas também não é bom. Daniel Day-Lewis está correto mas quem rouba mesmo a cena é Tommy Lee Jones. Como eu gosto dele! Que ator bom. Só isso. Ao menos desgostei menos do que achei que desgostaria.


Cinema

Reza a lenda que o filme O MESTRE, de Paul Thomas Anderson, é sobre a Cientologia ou o surgimento desta, como chamarei?, seita.
Bom, que as semelhanças são muitas, isso são. Assim como na vida real, a seita a Causa surge a partir das idéias de um autor de textos quase de ficção científica, temos a figura do líder forte, da impossibilidade de discussão do que ele diz, além da figura secundária das mulheres. Ou seja, bem parecido com o proposto pela "religião" de Tom Cruise...
E é aí que o roteiro é tão inteligente ao mostrar todas as contradições! O MESTRE narra a trajetória de um homem, interpretado pelo maravilhoso Phillip Seymour Hoffman, que acha que desenvolveu um sistema de crenças perfeito. Neste as mulheres parecem ter espaço apenas como procriadoras, vide a figura grávida da personagem de Amy Adams durante grande parte da projeção. Mas quando ela fala notamos quem realmente manda. E, ainda, a principal defensora da Causa é uma personagem feminina também.
A questão do controle é também bem interessante. O Mestre prega que devemos ser controlados e educados não importando o que escutamos. Ele elabora verdadeiros sistemas para tornar qualquer pessoa a mais calma mesmo em mares tempestuosas, só que ao receber críticas age de forma violenta e agressiva, impedindo que o outro fale.
Chegamos, então, ao personagem Freddie, interpretado por Joaquin Phoenix. 
(E, antes de continuar, devo falar como é bom ter Joaquin de volta, fazendo esses papéis de pessoas complexas como ninguém. Fiquei feliz em vê-lo porque é sempre um prazer ver um grande ator fazendo o que sabe de melhor. O papel dele é cheio de nuances e detalhes. Não consigo imaginar mais ninguém que pudesse fazer Freddie tão bem. Talvez o melhor papel da já sensacional carreira de Joaquin.)
Freddie é uma figura errante, que saiu da guerra com uma condição psicológica frágil e viciado em bebidas que ele mesmo fazia, usando coisas como o líquido que servia para revelar fotos. 
Por um acidente do destino, Freddie entra no navio do Mestre e é meio que adotado por ele. Este quer transformar aquele homem perdido e sem nexo em uma pessoa feliz e controlada. Quase como um teste para suas teorias.
Aliás, essa é a racionalização que o Mestre faz e a explicação que dá para todos os seguidores e família quando questionado do por quê de manter Freddie por perto mesmo quando o comportamento dele ameaça seu grupo de pensadores.
Mas a relação não é bem assim. Freddie é a personificação dos desejos do Mestre. Em alguns momentos é tratado como um seguidor da Causa, em outros como um animal de estimação mas, no final, ele é mesmo o amor do criador da Causa. Mesmo quando este diz que, em outra vida, eles serão inimigos mortais está verdadeiramente dizendo que deseja que sejam amantes.
E este, caros leitores e leitoras, é o verdadeiro tema do filme O MESTRE: a hipocrisia. Dizermos que somos o que não somos e, mesmo sabendo que não somos, querermos servir de exemplo para os outros.
Há ainda um outro tema do filme: o quanto somos capazes de pensar por conta própria. Mesmo ao concordarmos com um sistema de crenças devemos sim manter a nossa capacidade de análise e de distinguir o certo do errado. O Bem do Mal. Assim mesmo, com letra maiúscula. 
No final, o que fica d'O MESTRE é uma reflexão profunda sobre o mundo no qual vivemos e de como queremos viver nele. E esta é uma resposta que cada um de nós tem que encontrar.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Filmes, filmes e mais filmes...

Quentin Tarantino é considerado por muitos um louco. Para mim, essa declaração é elogiosa. Eu adoro os filmes dele porque ele pega estilos e tramas conhecidos e muda tudo. Isso, minha gente, é a definição da criatividade: fazer algo comum de forma incomum.
Nesse DJANGO LIVRE, Tarantino fez um faroeste envolvendo uma escrava que fala alemão, um "dentista" da Alemanha e Jamie Foxx interpretando uma versão moderna de Siegfried. Aliás, fica muito difícil definir o personagem Django. Ele é, sim, um herói no estilo clássico, que sai em busca de sua amada. O que, aliás, eu acho sensacional. Adoro esses personagens que parecem saídos de fábulas. Neste caso, inclusive, foi saído mesmo de uma.
Fábula esta muito bem explicada pelo Dr. King, interpretado pelo sempre maravilhoso Christoph Waltz. Que, aliás, rouba todas as cenas. Ele e Leonardo DiCaprio estão ótimos. Tem a sequência envolvendo um aperto de mãos que chega a dar calafrios de tão tensa. Ver Waltz em cena é sempre um prazer indescritível e, apesar de adorar Jamie Foxx, acho que o filme foi "roubado" pelo personagem de Waltz.


Os anos 1980 estão voltando. Ao menos é o que alguns filmes de ação nos querem fazer acreditar.  Posso citar assim, fácil, dois: BUSCA IMPLACÁVEL, com Liam Neeson salvando sua filha enquanto explode Paris; e O FIM DA ESCURIDÃO, com Mel Gibson caçando o assassino de sua filha.
(OK, nem vou me aprofundar na questão de que nesses dois filmes são as filhas as personagens frágeis e vítimas. Sem essa discussão por aqui hoje. Vou deixar para outro dia.)
Pois bem, esse novo filme de Tom Cruise, JACK REACHER, parece saído dos anos 80, como os dois acima citados. Eles são filmes que têm tramas maniqueístas, o herói faz sempre o que é certo, o vilão conta com traços de psicopatia e os atores principais são extremamente carismáticos.
Claro que se ainda tivermos Werner Herzog (!!!) de menino mau e Robert Duvall numa ponta divertidíssima, a experiência cinematográfica fica bastante interessante.
E, vamos e convenhamos, Tom Cruise é estranho mas tem um carisma do caramba. Isso tudo salva o filme e, vou além, o faz valer a pena.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Santa Maria

Tanto Vanessa quanto eu estamos extremamente chocadas e tristes com o que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Estamos rezando pelas vítimas da tragédia e por suas famílias. Oramos para que todos tenham forças e serenidade neste momento terrível. Que Deus, Jesus e os outros Espíritos de Luz ajudem a todos vocês.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cinema!!!

Gente, juro, o blog não está abandonado. Tanto Vanessa quando eu temos uma série de coisas para escrever aqui.
Eu, claro, vou começar falando sobre cinema. Afinal, andei vendo muitos filmes já que a temporada de estréias dos indicados aos maiores prêmios começou! Adoro essa época do ano.
Vou começar falando de A VIAGEM, dos irmãos Wachowski. Eles são os responsáveis pela aclamada trilogia MATRIX (da qual eu só gosto mesmo do primeiro filme). O filme conta com outro diretor, Tom Tykwer, que fez "apenas" CORRA LOLA CORRA.
Pois bem, esse A VIAGEM é baseado em um livro (CLOUD ATLAS, de David Mitchell) extremamente famoso e bem comentado no exterior. E, do qual, eu nunca tinha ouvido falar :-(
A trama é focada em seis histórias de, como direi sem soar Espírita?, almas e suas diversas encarnações ao longo dos milênios.
Dessas almas, as que mais gostei foram as interpretadas por Tom Hanks e Jim Sturgess. Inclusive, tem uma das encarnações interpretadas por Sturgess, na Coréia do Sul, que é emocionante, com toques de herói romântico. E Donna Bae é uma fofa! Não tem como não gostar dela.
Já Tom Hanks está melhor quando interpreta um médico sem escrúpulos e em um breve momento de insight com uma das encarnações feitas por Halle Berry.
Mas, assim, o elenco todo está bom. Eu destaquei esses dois por questão de espaço mesmo. Jim Broadbent, Halle Berry, Ben Wishaw, James D'Arcy, Hugo Weaving, (...), todos estão maravilhosos. E a trilha sonora é lindíssima.
Sabem o que fica do filme? Sabem o que a gente leva quando a sessão acaba?
Que apenas o amor, a coragem para fazer o bem e a coisa certa e a caridade podem nos salvar.
OK, sei que soei Espírita. Mas é que nessa minha fase de descoberta da doutrina codificada por Allan Kardec, esse filme suscitou muitas emoções. E que venha o livro!
Segue o trailer, que por si só já é bem emocionante:


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Compras na Loosho.com

Oi Meninas

Vocês conhecem a loja virtual Loosho? pra quem não conhece a Loosho.com é uma loja virtual de protutos de beleza...la você encontra base, pó, batom, blush, pincel e etc de várias marcas queridinhas de todas!!!


Pra começar vamos falar da pagina da loja...é super linda e muito fácil pra usar, achei a página bem simples você consegue bem rápido localizar os produtos que você quer. Os produtos estão divididos por categorias o que na minha opinião facilita TUDO! se você esta procurando um produto pra face vai nessa categoria e não precisa ficar horas procurando.

outra coisa que eu achei TUDO foi o fato que por exemplo na base tem as cores disponíveis e em cada cor tem alguns exemplos de pessoas que o tom da base é certo


ai gente fala sério isso é PERFEITO!!! quem nunca comprou uma base ou pó por algum site e errou na cor??? quem nunca passou por isso?? só o fato de ter alguns exemplos de pessoas que o tom da base é o correto ajuda 100% você pode abrir fotos e comparar com o seu tom de pele!!! *-*

sobre a entrega eu comprei os produtos e optei por envio via PAC que demora em média 10 dias úteis pra chegar e os meus produtos chegaram com 7 dias úteis \o/

os produtos chegaram muito bem embalados com plástico bolha e tudo perfeito! nenhum arranhão e nenhum defeito!

outra ponto positivo pra Loosho é a rapidez e atenção que os e-mails que você  manda pra eles são respondidos...fiquei impressionada como eles foram atenciosos e responderam todos os meus e-mail com rapidez e foram bem claros ao responder as minhas dúvidas!

Bom meninas é isso eu SUPER recomendo a loja Loosho.com!!! podem comprar tranquila que a loja é muito boa!!

beijos



domingo, 6 de janeiro de 2013

Sobre a ArtFliporto

Eu sei que muitos de vocês já ouviram falar sobre a FLIPORTO. Ela é a Feira Literária que começou em Porto de Galinhas e que, agora, toma as ruas de Olinda uma vez por ano. Além da feira de livros, esta festa reúne artistas dos mais variados que tenham ligações com a literatura.
Em 2012 o homenageado foi Nelson Rodrigues, sendo assim, aconteceram sessões de cinema com filmes de Nevile Dalmeida baseados na obra do dramaturgo. E por aí vai.
Parte do grupo de pessoas que fazem a FLIPORTO criaram a revista ARTFLIPORTO. Ela é quadrimensal e reúne artigos e ensaios sobre cultura e arte.
Infelizmente, eu não tive o prazer de ler o primeiro número mas devorei o segundo e, bom, estou apaixonada. Não consigo citar nenhum ensaio ou artigo que não tenha gostado. E foi bem difícil escolher dois para detalhar aqui.
Dou destaque, assim, para a tremenda criatividade de "10 estudos sobre a ausência", que conta com fotos de Chico Ludemir e legendas de Adelaide Ivánova, além das resenhas de Bernardo Brayner. Na primeira parte dele somos brindados com imagens de porta-retratos vazias e com legendas das fotos que estavam ou estariam ali. Em seguida, Brayner elaborou a resenha de livros que poderiam ter sido escritos por autores famosos, como Kafka. Todo esse ensaio é brilhante e de uma criatividade sem precedentes.
Já "Olhai por nós", texto de Reginaldo Pujol Filho, faz um relato do português impecável mostrado nas frases pintadas em muros portugueses e que por vezes retratam a crise que assola o país mas, também, da peculiaridade do idioma em terras lusitanas. Um dos ensaios mais divertidos que já li.
(...)
Não vou resistir! Leiam o texto "19h". Foi muito interessante ler aquela história de perda, paixão, esquecimento e não conseguir esquecer.

Quem estiver interessado na revista pode comprá-la na LIVRARIA SARAIVA, do SHOPPING RIOMAR. Eu vi lá para vender há alguns dias. Mas deve ter em outras livrarias também.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Mr. Darcy...

Eu gosto de Jane Austen. Li todos os livros e não consigo dizer qual é o meu predileto. Mas, sem medo de ser piegas, acho ORGULHO E PRECONCEITO uma das histórias mais lindas que já conheci.
Todo mundo conhece a trama: cinco irmãs sem muitas condições financeiras, vivendo em uma cidadezinha do interior da Inglaterra, deparam-se com aventuras e desventuras amorosas, mas tudo embalado pelos costumes do século XVIII. 
Austen, neste livro, além de retratar de forma perfeita a sociedade de seu tempo, nos brindou com dois dos personagens mais incríveis dos mundos literários: Elizabeth Bennet e Mr. Darcy.
Aí, de tanto ouvir falar na versão da BBC, em uma série de seis capítulos, resolvi comprar os DVDs há alguns anos. Terminei de rever há alguns momentos e, sério, emocionei-me tudinho novamente. E, confesso, concordo com a personagem Bridget Jones: Colin Firth como Mr. Darcy é a personificação da perfeição. Prestem atenção no episódio 4 e no banho na piscina/lago/alguma coisa com água que não consigo identificar. Sensacional!

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